quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Só desabafar...

O que fazer quando convidamos alguém para ir ao cinema e esta pessoa, sem avisar, convida outra (desconhecida) para ir também?

Este sábado fui ao cinema ver "Harry Potter e as Relíquias da Morte". Adoro essa saga e é incrível como a cada ano fica melhor! Nem acredito que já vai acabar...
Meu irmão que é mais fanático, tem quase tudo do bruxinho, até a varinha mágica. Não, ele não é uma criança, tem 23 anos de idade e faz questão de ter todas essas coisas muito bem organizadas em sua casa (inclusive os bonequinhos).


Eu não tenho nenhum problema em ir sozinha ao cinema, já que na maioria das vezes eu não tinha com quem ir. Dessa vez decidi chamar minha melhor amiga. Liguei pra ela na sexta-feira e deixei ela decidir em que horário veríamos o filme, já que ela mora um pouco longe.
"Milagrosamente" cheguei primeiro no cinema e já fiquei na fila (que estava enorme!), fiquei olhando para fora da fila pra ver se minha amiga chegava.

Demorou alguns minutos, até que a vi chegando com uma outra menina. Fiquei paralisada. Ela não tinha me avisado que levaria mais alguém. Eu não sabia o que fazer... (o_O)
Minha amiga passou pela fila, mas não me viu, então eu gritei o nome dela. Bom, gritar não foi bem o que eu fiz, porque o meu grito não sai em público, ele é mais um sussurro do que um grito (:D), então tive que bater palmas para ela poder ouvir, e funcionou! Ela se aproximou e apresentou a amiga dela, e eu a cumprimentei.

Por sorte, a amiga dela era uma pessoa legal e simpática, gostei muito dela, mas... eu tinha tantas coisas pra conversar com a amiga que eu convidei e nem pude, porque fiquei com vergonha de comentar na frente de alguém que eu nem conhecia. Puxa! Estou muito triste. Falei com ela (a minha amiga) a respeito e ela acabou ficando com raiva de mim por eu dizer o que eu estava sentindo...

O que tem de errado em querer ir ao cinema tranqüilamente com a melhor amiga sem ter pessoas desconhecidas por perto?
Ela disse que queria que eu fizesse novas amizades... mas, as coisas não funcionam assim. Uma amizade chega sem a gente nem perceber... sem ser forçada...

Se for para eu ter mais amigos, será naturalmente...

Queria que ela me entendesse...



quinta-feira, 18 de novembro de 2010

"Fala mais alto!"

ATENÇÃO
Prezados extrovertidos, recomendo-lhes que, por favor, agucem muito bem os seus ouvidos antes de qualquer tipo de conversação com os tímidos.

Att. Uma alma tímida.

Já faz bastante tempo que eu tenho a impressão de que fui fabricada com um aparelho embutido de ajustar o volume da minha voz. Mas tem um grande problema: esqueceram de incluir um controle remoto.
Eu não posso falar por todos os tímidos, porque cada um é diferente, apesar de termos "sintomas" semelhantes.
Um dos sintomas que se apoderam de mim é a falta de voz em ambientes que eu não conheço e principalmente com pessoas que eu não conheço.
Da 5ª série até o 3º ano do colegial uma das coisas que eu mais ouvia quando eu respondia alguma coisa era "Fala mais alto!"... "O quê?"... "Eu não estou conseguindo te ouvir, você pode falar um pouquinho mais alto?!" (esta última dita por professores)... e os mais "engraçadinhos" soltavam aquela frase, que eu acho que, pelo menos a maioria dos tímidos já ouviram... "Nossa! Você fala tão alto que até me deixa surdo!"
Por mais que eu me esforçasse para aumentar o volume da minha voz, eu não conseguia, e isso ainda acontece.
Eu até já tentei colocar uma bala dentro da boca antes de entrar em sala de aula pra ver se minha voz "limpava" e ficava mais alta (não sei de onde tirei essa idéia), mas não dava certo.
Vocês já podem imaginar o que era da minha vida na hora de alguma apresentação na frente da "platéia", né?!...

Esta semana, eu li uma matéria que o título dizia assim "Timidez ou Arrogância?" que contava a história de um tímido e um extrovertido. O tímido, por vergonha, quando encontrava o extrovertido, nunca dizia "Bom dia!" e o extrovertido ficava inconformado com aquilo e pensava que o tímido era arrogante, metido, até que descobriu a verdadeira razão de ele não cumprimentá-lo. Abaixo lhes deixo o link para esta matéria.


Muitas vezes eu deixo de cumprimentar alguém por medo de essa pessoa não me escutar e acabar não retribuindo. Nos lugares onde tenho trabalhado é a mesma coisa. Algo me impede de cumprimentar as pessoas, e uma dessas coisas é com certeza a minha falta de voz, ou "volume baixo" que ocorre na maioria das vezes. Então é meio que uma "auto-defesa". Eu penso "eu acho que aquela pessoa não vai me ouvir se eu cumprimentá-la, então é melhor deixar pra lá." ou então "e se ninguém me escutar? Eu vou ficar igual uma idiota, cumprimentando à toa."

Desde então eu tenho cumprimentado apenas a aquelas pessoas que me cumprimentam primeiro, ou então numa tentativa forçada, eu dou um sorrisinho e um pequeno toque no ombro da pessoa em sinal de cumprimento... Beijo no rosto? Nem pensar! Se a pessoa der, eu até retribuo, mas não espere isso de minha parte. Meu rosto fica vermelho demais para tal atitude/iniciativa em público, ainda mais se a pessoa for do sexo oposto (estando ou não interessada, não há distinção - muitas pessoas até acabam confundindo e acham que só porque eu fiquei vermelha com determinada pessoa, pensam eu estava interessada... XD). Eu fico olhando ao redor imaginando "o que será que estão pensando?" então eu tento virar o meu rosto para um local menos movimentado para onde eu possa "embranquecer" novamente. E então só me resta dizer internamente "Ufa!" (ha ha :D)

Muitas pessoas que eu conheci acreditavam que eu era metida, ignorante, mas isso foi só até me conhecerem, assim como o tímido da história do link.

Em compensação, se minha voz não sai quando eu estou fora de casa, e se sai, sai baixa. Quando eu estou em casa a situação é completamente diferente, e então de "fala mais alto!" eu passo a ouvir "Kelly, fala mais baixo!" (o_O) Oras! Desse jeito não há tímido que agüente!




quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Tímida, porém sincera.

Há algumas semanas atrás eu recebi uma mensagem no meu e-mail me informando de uma entrevista de emprego numa fábrica de estofamento de cadeiras. Eu retornei o e-mail e no dia seguinte me chamaram para fazer a entrevista.

Chegando lá, havia mais 5 mulheres para serem entrevistadas também. No começo, era uma entrevista coletiva, como um bate-papo entre entrevistador e entrevistadas. Enquanto o "poderoso chefão" nos entrevistava eu ia observando o ambiente...

1ª observação do dia: não haviam janelas.
Isso me incomodou um pouco, já que eu gosto muito de ver que existe um mundo do lado de fora do trabalho.

Depois disso ele nos informou o salário e as horas de trabalho o que me levou a 2ª observação: parece que ninguém avisou a ele que a época da escravidão já acabou. A não ser que eu tenha me teletransportado para o passado e não estava sabendo.
Papo vai, papo vem, até que chegou a hora de mostrar o ambiente de trabalho. Tinha duas senhoras e um senhor trabalhando. Uma delas nos mostrou como se estofava as cadeiras.

3ª observação: êita trabalhinho perigoso!
Para completar, o "chefe" disse que não poderíamos conversar, porque isso iria nos distraír e causar algum acidente. Bom, tudo bem que eu sou SUPERHIPERMEGAULTRATÍMIDA e que conversar com pessoas desconhecidas definitivamente não é o meu forte, mas isso significava que eu perderia a oportunidade de fazer amizades num trabalho chato, escondido, que paga mal e ainda é perigoso.

E para rechear o irrecheável (essa palavra existe?) ele disse que estava precisando de mulheres na empresa, porque acredita que as mulheres são mais caprichosas e percebem melhor os defeitos e busca corrigí-los (sei...).
De acordo com mais algumas observações eu pude perceber que o que acontecia na empresa é que havia uma escassez de mulheres, já que havia maior quantidade de homens. E de todas essas observações eu cheguei à conclusão de que não era um bom emprego. Não era um emprego que respeita o trabalhador e além de tudo era pior do que um mausoléu.


Depois de mostrar os "aposentos", era chegada a hora da entrevista individual. E o pior de tudo: eu era a última a ser entrevistada. Tem coisa pior do que ser a última? A gente fica contando as horas, se perguntando "O que será que ele vai perguntar?" ... "espero que eu saiba responder"...
Para piorar a minha situação, algumas das entrevistadas demoravam meio século pra sair da sala, o que me deixava mais nervosa "O que será que está acontecendo?"...

Trinta minutos depois... chegou a minha hora. Uma coisa eu já tinha em mente: eu não queria aquele emprego de jeito nenhum. Até pensei comigo "ele que não invente de me contratar." Chegando na sala, (ahh, esqueci de falar a parte em que junto com ele estava uma assistente que posteriormente faria as entrevistas no lugar dele) ele estava junto com a assistente e começou a fazer as perguntas que a maioria faz "o que você tem para oferecer para a empresa?" Sinceramente essa é a pergunta mais idiota de se fazer (e a mais difícil de responder :D), porque eu poderia dizer simplesmente "ué, o meu trabalho." e ponto, né? Afinal, eu estava lá para trabalhar, o que ele queria mais?! Mas não, eu não disse isso. Essa eu deixei passar...

Até que chegou a pergunta que eu tanto esperava pra terminar logo com aquele tormento... "o que você achou da empresa?" eu respirei fundo, afinal eu tinha que dizer o que eu achava... e disse-lhe de um modo que até agora eu nem acredito... "Eu acho o lugar muito fechado e o trabalho muito perigoso." Tudo numa frase só e sem rodeios. A assistente deu uma risadinha como se dissesse "ha ha, eu também acho isso!" e o "chefe" meio que sem acreditar no que eu tinha dito perguntou "o que é que você acha fechado? O ambiente? Você tem claustrofobia?"  eu disse "é isso mesmo". Na verdade, nessa hora eu já estava quase me agaixando debaixo da mesa, achando que eu seria dilacerada naquela hora por dizer o que eu pensava... e foi à toa, porque ele simplesmente me deu um cartão e disse "Olha! Eu te dou esse cartão, caso você se decida, porque não é bom que você trabalhe num lugar onde não se sinta bem. Aí você liga se quiser, tudo bem?"... (o patrão da minha mãe disse que me diria "o que você está fazendo aqui então?" ha ha)

Claro que eu não liguei.

Algumas pessoas pensam que por sermos tímidos ou por estarmos precisando de dinheiro, que podem se aproveitar disso para nos oferecer trabalho escravo. As outras entrevistadas, eram senhoras de idade e que estavam precisando mais do que eu; aluguéis altíssimos para pagar. E eu lhes digo que essa empresa não estava pagando nem a metade do que elas realmente precisavam para manter a casa e a si mesmas. Trabalho escravo, NÃO! Não comigo. Eu não sou trouxa. Sou tímida e só.

Eu acho que esse foi um dos momentos mais difíceis de se mostrar a sinceridade. Na verdade, eu não poderia dizer que tinha adorado o emprego e correr o risco de ser contratada, sendo que essa não era a verdade. Como diz uma frase conhecida "A verdade vos libertará." e me libertou do mausoléu que eu estava prestes a enfrentar caso eu não dissesse o que sentia...

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Energia Positiva

Finalmente consegui resolver alguns dos problemas que meu pc enfrentava e já estou de volta.

Bom, não vou dizer muita coisa sobre a minha vida romântica como já devem ter percebido (he he :P). Só posso dizer que ela está todinha escrita na música a seguir... Ela explica que nunca é tarde para amar e ser amado. Não importa o quanto esse dia possa demorar a chegar (e para os tímidos é um pouco demorado, francamente!). Além disso é uma música que transmite uma energia muito positiva e levanta o nosso ânimo nos momentos em que mais precisamos.
Abaixo lhes deixo o vídeo e a minha tradução livre da canção "Enséñame a Vivir" (Thalía) que, foi lançada no ano passado e mudou completamente a minha vida. 
Essa é a minha história:






ENSINA-ME A VIVER

Nasceu uma vontade de me apaixonar.
Nasceu o milagre que um dia pedi.
Um desfile de formigas percorre meu sangue,
E sinto puro amor dentro de mim.

Hoje a vida me disse que nunca é tarde.
Hoje a tarde ao cair me falou de ti.
E me disse ao ouvido "Não seja covarde!"
Que já chegou a hora de ser feliz.

E acreditei, agitou o meu coração.
E senti você chegar ao pôr do sol.
E abri os braços de pólo a pólo.
E como uma pipa eu me deixei levar.

Senti as nuvens em minha cara.
Viajei de madrugada e amanheci em ti.
Ouvi a voz do teu olhar.
E sem te dizer nada me ajoelhei ante ti.

Te convido a caminhar o mundo inteiro.
Pela primeira vez sei o que quero.
Ensina-me a viver! Ensina-me a viver!

Isto não é um discurso, nem uma estratégia.
Você conhece minha alma e meu porvir.
As palavras que digo são bem honestas.
Você as ditou e sem duvidar as escrevi.

Pode ser que não acreditem como você surgiu.
Pode ser que não me vejam perto de ti.
Mas se abrirem meu peito irão te encontrar
E compreenderão o que eu senti.

Senti as nuvens em minha cara.
Viajei de madrugada e amanheci em ti.
Ouvi a voz do teu olhar.
E sem te dizer nada me ajoelhei ante ti.

Te convido a caminhar o mundo inteiro.
Pela primeira vez sei o que quero.
Ensina-me a viver! Ensina-me a viver!

Senti as nuvens em minha cara.
Viajei de madrugada e amanheci em ti.
Ouvi a voz do teu olhar.
E sem te dizer nada... me ajoelhei ante ti...

A vida têm me dado coisas boas, eu só te peço: Ensina-me a viver...