quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Frases que mudam vidas...

Depois da última postagem, me lembrei de algumas frases que mudaram o meu modo de ver a vida e frases que eu me identifico bastante.
Eu sempre anoto num papel as frases que ouço e que me parecem interessantes, seja em letras de música, filmes e programas de TV...

A primeira frase que mudou a minha vida, na verdade não é apenas uma frase, é uma canção inteira. Depois que a ouvi, tudo mudou. Antes eu me importava demais com o que as pessoas diziam ou achavam de mim. Eu tentava mudar o meu comportamento apenas para agradar os outros, mas na verdade eu estava esquecendo de agradar a mim mesma, de amar a mim mesma com meus defeitos e minhas qualidades... A música é "A Quién Le Importa?" interpretada por Thalía, antes essa música já havia sido gravada, mas fez um grande sucesso através da voz dessa estrela, aliás, se não fosse por ela, eu não teria conhecido essa canção. Para mim, é impossível falar de frases ou de letras de música que me marcaram sem mencionar essa artista que só tem feito um bem enorme na minha vida há mais de
15 anos. Logo abaixo está a minha tradução livre de um trecho da letra com o qual eu me identifico:



"As pessoas me indicam, me apontam com o dedo, cochicham às minhas costas e eu não tô nem aí. 
O que me resta se sou diferente deles? Não sou de ninguém, não tenho dono.


Eu sei que me criticam, é evidente que me odeiam, a inveja os corrói, minha vida os incomoda. 
Por quê será?, eu não tenho culpa. Minhas circunstâncias os insultam.
Meu destino é o que eu decido, o que eu escolho para mim.


A quem importa o que eu faça?

A quem importa o que eu diga?
Eu sou assim, assim seguirei, nunca mudarei..."



Hoje, a única coisa que me impede de agir totalmente sem me importar com o que dizem é a minha timidez, que é algo incontrolável. Mas fora isso, eu perdi muitos medos...

Outra frase que mudou a minha vida, foi uma que eu ouvi no filme "Adaptação" de Charlie Kaufman com um dos meus atores favoritos, Nicolas Cage.
É um filme com o qual eu me identifiquei bastante, porque o papel que ele fazia, era de um homem super tímido, que se importava muito com o que as pessoas poderiam pensar dele. Ele acabava perdendo muitas oportunidades, tanto na vida profissional quanto na vida pessoal; era uma pessoa que tinha muito medo de falar o que sentia, de demonstrar, na verdade. É um filme muito emotivo. Na etapa final do filme, seu irmão gêmeo, que é totalmente diferente dele -extrovertido, alegre, seguro de si mesmo- lhe fala esta frase: "Você é o que você ama, não o que ama você.", e explicou que tudo o que importa é o que sentimos e que nossos sentimentos não podem ser tirados por ninguém. 



Quando ouvi essa frase, eu percebi várias coisas que eu não tinha parado pra prestar atenção e que agora estão bem claras na minha cabeça. Sou uma pessoa bem melhor depois dessa frase.

E outra frase que incrementa bem esta de Charlie Kaufman, é uma que eu ouvi certa vez na televisão: 
"Você não tem que conseguir as coisas para ser feliz. Você tem que ser feliz para conseguir as coisas." É interessante. Muitas vezes sentimos a necessidade de comprar alguma coisa para suprir a falta de alegria, e realmente supre, mas só momentaneamente; não dura para sempre. Só a verdadeira felicidade faz com que todos os nossos objetivos sejam cumpridos.
Como chegar à verdadeira felicidade? ... Hmm, eu não sei... acredito que é aí que está... talvez já esteja dentro de nós...

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

domingo, 16 de outubro de 2011

O que é a morte?

Que difícil é para um tímido expressar os sentimentos... Que difícil é abraçar, dar carinho à vontade, sem se perguntar mentalmente se aquela pessoa está gostando ou não. "Será que este é o momento ideal?" É difícil não se sentir "travado" algumas vezes... e aí vem a pergunta: Como eu posso querer receber carinho se eu não der primeiro? E como retribuir o carinho recebido sem "travamentos"?...

Existe alguém, um pequeno ser muito especial que existiu em minha vida durante 14 anos, os quais dediquei todo o carinho que ficava escondido dentro de mim. Um ser com o qual eu não tinha vergonha de expressar tudo o que eu sentia. Não sentia vergonha de abraçar, de "conversar", de demonstrar todo o meu amor e a minha alegria por sua presença. Um ser ao qual eu tinha completa certeza de que o carinho que eu dava era recíproco.


Há exatamente cinco semanas esse ser se foi deixando apenas um vazio não só dentro de casa, mas também em minha alma. 


Fifi. Este era seu nome (escolhido por votação entre família). O nome da minha cachorrinha da raça Border Collie. Mas eu a chamava sempre de "minha pequena". Para muitos, era apenas um animal de estimação. Para mim, parte da minha família, da minha vida. Minha prima deu ela de presente para o meu irmão, mas eu fui a primeira a vê-la e o amor foi à primeira vista. Meu irmão deixou de se interessar por ela, arranjou outro cachorro, então eu a "adotei". Apesar de não conviver dentro de casa, ela tinha sua própria casinha, que eu chamava de Mansão, por ter sido feita de tijolos... 

Como esquecer das noites em que eu a colocava para dormir?... e ela sempre esperava nem que fosse para apenas desejar-lhe uma boa noite. Essa era apenas uma das coisas que para muitos parecia ser "ridículo", mas eu não estava nem aí, eu fazia mesmo assim, afinal, pelo menos ela gostava dessas "ridiculezas". 

"Cadê minha pequena?" - era só dizer essa frase ao chegar em casa e ela já abanava o rabinho e corria cheia de felicidade...


O câncer já estava muito avançado, mas mesmo assim ela continuava animada. Um dia antes ela não conseguiu andar direito e no dia seguinte mal se movia, apenas aceitava leite. À noite fui observá-la... ela não estava mais lá... só o corpo... 

"Pra onde ela foi?" - me perguntei e me pergunto desde aquele dia. Incrível como se nota claramente que não há mais ninguém ali. Agora ela só existe em minhas lembranças.

"Por que você não compra outra parecida?" - me perguntaram. "Você substituiria  a sua mãe/pai/irmão/amigo por outro parecido?" respondi perguntando. Pode parecer besteira, afinal, para muitos ela foi apenas um animal. Mas certamente estes são os mesmos que repetem a frase "O cão é o melhor amigo do homem". Ela foi.   


Ela era a cachorra mais inteligente, mais linda, mais alegre, mais divertida, mais companheira, mais tudo.

Ela entendia que quando eu a chamava pelo nome "Fifi" era porque aí vinha coisa; significava que eu estava repreendendo-a, mas quando a chamava de "minha pequena" aí sim, podia partir pro "ataque"! Até "copiava" as manias de cada membro da família, era incrível! São essas lembranças que eu terei dela. 

"Obrigada, minha pequena! Obrigada por dar mais cor à minha vida; por me ensinar a dar e a receber carinho e amor; por me ensinar o que é ser forte mesmo quando não se tem mais forças. Você lutou até o fim. Você é o verdadeiro sinônimo de esperança. Muito, muito, muito obrigada por ter existido em minha vida!"  






quarta-feira, 17 de agosto de 2011

"Espelho, espelho meu..."

Como é que está a sua auto-estima?


Já ouvi dizer que timidez é conseqüencia de auto-estima baixa, não sei se chega a ser verdade, mas na minha adolescência eu costumava comprar aquelas revistas astrológicas que vinham com algumas simpatías e entre elas, as relacionadas à timidez: "Como perder a timidez em uma semana/mês/ano". Na verdade eu nunca acreditei nessas coisas, eu só comprava essas revistas porque o que falavam das características do meu signo "batiam" com as minhas características. Mas numa dessas simpatías, havia uma que era tão simples, mas tão simples que eu achava que nunca daria certo, então deixei de lado essa história de simpatía. Porém, sem perceber, com o passar do tempo eu acabei fazendo tudo o que sugeria naquela revista. Na verdade não é uma simpatía e sim algo que somos capazes de realizar com o poder da mente (Ohhhh :D). Isso eu acabei aprendendo num livro que li há alguns meses atrás chamado "O Segredo/The Secret".


A idéia tanto da revista que eu li quanto do livro é a de "apagar" todos os nossos defeitos ou os defeitos que achamos que temos e pensarmos somente no que temos de melhor.
Na minha adolescência eu me achava tão, mas tão inferior, que não conseguia encontrar nada de bom em mim. Isso acabava se refletindo para fora, porque as pessoas tampouco conseguiam ver que eu tinha qualidades. Eu me preocupava muito com o que as pessoas iriam pensar. Eu deixava de me arrumar do jeito que eu queria por vergonha de alguém dizer alguma coisa (ou boa ou ruim) sobre mim. Detestava a idéia de ouvir alguém dizer "Nossa, que roupa estranha!" ou até um "Nossa, como ela tá bonita!". A idéia de que alguém iria perceber a minha mudança me fazia continuar com o cabelo preso, roupas folgadas e sem nem um pingo de feminilidade. 
Uma vez decidi passar bem de leve um batom, mas bem de leve mesmo! Então, um garoto que estudava comigo percebeu e falou para o outro "Olha! Ela já tá até usando batonzinho!" Episódios como este me impediam de usar, fazer ou vestir o que eu quisesse.


Quando terminei o colegial, eu comecei aos poucos a olhar para mim mesma, a me vestir com as roupas que eu gostava, a fazer várias coisas diferentes com o meu cabelo (menos pintar, é claro :P), coisas que eu nunca tinha feito. Mas eu não fazia isso na hora de sair pra algum lugar, eu fazia isso pra mim mesma, pra me ver no espelho. Aí eu fui descobrindo que eu tinha qualidades... 
Era chegada a hora, então, de descobrir outros "talentos"... descobri que tudo o que eu gostava de fazer eu fazia bem. Se bem que se a gente não gosta do que está fazendo, obviamente não irá fazê-lo bem.  Comecei a fazer cursos e a fazer novas amizades e descobri que eu não era uma zero-à-esquerda, que as pessoas podiam gostar de mim, que eu podia ser legal para elas. Comecei a trabalhar e descobri que eu era uma pessoa eficiente no que fazia.


Assim, eu fui juntando tudo o que eu tinha de melhor e só pensando nessas coisas. Confesso que ainda me sinto inferior em algumas situações, talvez seja pela timidez ou mesmo por alguma falta de auto-estima que ainda esteja aqui dentro, mas muitas vezes eu paro e volto a pensar no que eu tenho de bom. Às vezes funciona, às vezes não, mas assim é a vida. Quem nunca caiu alguma vez?...

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Do que você gosta?

Eu gosto... 






Conversar, com certeza, é uma das coisas mais difíceis para quem é tímido, principalmente se for com desconhecidos. Mas a maior dificuldade, creio eu, não é nossa em fazer amizades, mas sim da pessoa que "tenta" fazer amizade conosco. 
Eu confesso, também, que eu não sou nada fácil. Uma amiga minha me disse que pra conseguir a minha amizade foi bem difícil, mas o interessante é que eu não acho que tenha sido tão difícil assim, já que ela soube o quê e como conversar comigo.

Pela experiência que eu tive com minhas amizades e como algumas deram certo e outras não, eu poderia afirmar que o primeiro passo e talvez, o mais importante, é perguntar o que o tímido gosta; o que gosta de fazer em seu tempo livre; o tipo de música favorito; programa de TV predileto; gosta de filmes, livros (que tipo?), esportes? Do que você gosta? É um ótimo passo pra quem quer fazer amizade com uma pessoa tímida. Falando das coisas de que gosta fica muito mais fácil de se soltar, descontrair.

Mas infelizmente tem pessoas que não sabem como tratar os tímidos. Pensam que somos seres indefesos e que temos de ser tratados como bebês. É tão constrangedor! (não sei se pra mim ou pra quem o faz)


Um dos temas que me deixam "tagarela" é quando me perguntam que tipo de música ou cantor eu curto. Daí não tem outra: é Thalía na veia! ha ha XD Até eu me surpreendo! Minha timidez até desaparece quando estou falando com desconhecidos sobre algo que eu gosto e conheço bastante. Então, nessas conversas vão aparecendo outras, e mais outras, e mais outras... até que se descobre algum tipo de afinidade (mesmo que não seja musical :D). É bom para o tímido e também para a pessoa que conversa com o tímido, porque descobre um lado mais solto e divertido, que por vezes, nós escondemos das pessoas.

Você que não é tímido(a) já tentou fazer essa experiência? 




E aí? Do que você gosta?


segunda-feira, 11 de julho de 2011

Cidade Pequena

Oi gente! Estou aqui de volta depois de uma looooonga viagem de quase três meses que fiz com a minha mãe para a casa da minha avó. Desculpa por não dar notícias, mas uma das razões de eu ter aceito ir a essa viagem com ela foi para eu me afastar um pouco deste mundo virtual (por vontade própria, viu? que conste. :P), o qual, lhes confesso, eu estava já ficando viciada. E como vícios (seja do que for) não fazem bem, o melhor é se afastar e se distrair um pouco (ou muito, que foi o meu caso).
Bom, de vez em quando eu faço essa viagem com ela para sua cidade Natal, a Bahia. Lá até que tem Lan Houses, mas eu nem me atrevi a chegar perto. E pra falar a verdade nem me interessou muito, já que o que valia a pena mesmo eram as paisagens do lugar. Era tão bom olhar para as nuvens e vê-las tão branquinhas... olhar para o céu e vê-lo tão azul... e as estrelas?.... nem se fala...

Se respira melhor.

O interessante da cidade é que ela vive em festa. Como não se tem muita coisa pra fazer, o jeito é festejar. Meu Deus! Era festa todos os dias. Soltavam fogos, faziam fogueira... era festa de Santo Antônio, São João, São Pedro e até Carnaval fora de época. Festa do aniversário da cidade e até festa de inauguração de uma Biblioteca. Teve até orquestra sinfônica!

Mas... tímidos e tímidas de todo o Brasil, se vocês se sentem constrangidos quando alguém os olha na rua (ou simplesmente imaginam que alguém os olha na rua), lamento informar-lhes que cidade pequena não é um lugar adequado para nós. Melhor refugiarmo-nos nas maiores cidades possíveis.
As minhas experiências nessa cidade frente ao público não são das melhores. Se você se sente tímido numa cidade grande, imagine na pequena! Um lugar onde todo mundo conhece todo mundo, quando um paulista entra em campo, os habitantes logo percebem. É como se fosse um ET aterrissando. As pessoas até querem tocar pra ver se é de verdade. (:D) E olha que eu estou falando sério.

Fora isso, é um bom lugar quando se quer tranqüilidade. Por certo, gostaria de recomendar um livro que eu já estou quase na fase final da leitura. Se chama "A Sombra do Vento". Um livro que te prende o tempo inteiro, não há um só momento de "descanso", ou seja, a todo instante tem um novo acontecimento que te surpreende. Vale a pena. O autor é Carlos Ruiz Zafón.

Por hoje é só. E por fim...

terça-feira, 15 de março de 2011

Ahh... A infância...



Que maravilha é ser criança!

Sabem qual é a diferença entre ser criança e ser adulto? Muitos diriam que as crianças brincam, se divertem e estudam e já os adultos apesar de também terem seus momentos de diversão, têm responsabilidades, trabalho, contas a pagar etc, etc...
Bom, no meu caso eu diria que a diferença entre os dois é que, a única coisa que as crianças precisam fazer para se enturmar é inventar/criar novas brincadeiras para passar o tempo. Já os adultos para se enturmarem, precisam inventar/criar novas conversas/assuntos para passar o tempo.

De vez em quando, aos finais de semana, as minhas primas vem nos visitar e trazem os filhos ainda pequenos (de 3 a 13 anos de idade). Como todo tímido que se preze, eu sou péssima para "fazer sala" para as visitas; geralmente quem faz isso é a minha mãe. Se o assunto entre elas estiver interessante e eu tiver o que comentar, eu participo, mas se não for o caso, eu prefiro estar junto das crianças.
Acredito que tanto uma parte quanto a outra já conhecem muito bem o meu jeito de ser, ou seja, quando vêem que eu estou interessada em conversar, aí a ala dos "adultos" me chamam pra "bater papo", mas se eu estiver meio quietinha no meu canto, aí a ala das "crianças" me chamam para brincar.

Esta semana não foi diferente. Neste caso eu estava mais quieta, até que meu primo me perguntou por um jogo da Mônica que eu tenho guardado em casa, então eu fui buscar pra ele brincar com as outras crianças e o deixei no chão. Logo, meu primo apareceu e me chamou para brincar com eles e, sem pestanejar, eu fui ( o que já não é novidade :P).

Não sei se é só pela minha timidez que eu prefiro e acho mais fácil estar com as crianças, mas talvez seja também porque aos 11 anos de idade eu tive que mudar de escola. A mudança foi bastante drástica na época. Na escola onde eu estudava, pessoas entre 10 e 14 anos todavía eram crianças como eu era; brincavam de pega-pega, esconde-esconde, boneca, carrinho, pipa, amarelinha... mas quando eu cheguei na nova escola, crianças entre 10 e 14 anos já pareciam pessoas mais desenvolvidas, adultas, não brincavam de nada, só pensavam em namorar, ficar, e então essa foi mais uma razão pela qual eu não conseguia fazer amizade com as pessoas da minha idade naquela época. Eu não via as pessoas correndo pelo pátio, não via nada do que eu via na outra escola. A única vez em que eu via crianças correndo pelo pátio era em aulas vagas e eram crianças de 7 anos, e no caso eu já estava com 14, porém eu pensava comigo "Nossa! Eu adoraria que eles me chamassem para brincar!", mas nada acontecia.
Eu acredito que se o Peter Pan tivesse me chamado para viver com ele na Terra do Nunca naquele dia eu iria sem pensar duas vezes! ^_^

Voltando ao assunto de "fazer sala". Este sábado eu praticamente fui "obrigada" a fazer sala para uns primos que eu ainda não conhecia, mas que me foram apresentados pelo meu pai. Minha mãe tinha saído e meu pai me deixou sozinha com o casal de irmãos desconhecidos. Chamei eles (meio sem querer chamar) para ir para a sala (já que entraram pela cozinha), fiz de conta que ia arrumar a televisão e depois me sentei. Dei um sorriso (meio sem querer dar), até que a minha prima (desconhecida até então) começou a puxar assunto, depois meu primo, que ele sorria tanto ao falar que nem conseguia fechar a boca. Logo, para o meu alívio, chegou a minha mãe (a "fazedora de salas" profissional) e depois o meu irmão. Ufa! Estava livre de inventar novos assuntos! Se bem que, para a minha sorte, eram eles que inventavam... :D

Eles me pareceram muito simpáticos, mas acredito que eu teria me saído melhor se eles não tivessem me pegado de surpresa num dia em que eu estava desarrumada, gripada e, ainda por cima, com um marca enorme da picada de um pernilongo na minha bochecha. Que dia excelente para visitas!

No final das contas, eu acho que, na verdade, independentemente de eu ser ou não tímida ou de superar ou não a timidez algum dia, sempre existirá na minha alma aquela criança que eu fui e que de vez em quando "aparece" no meio de brincadeiras em família. Esta é, na verdade, uma das coisas que eu não pretendo mudar em mim...

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Falsos Rótulos

Timidez não é moda! Mas tem gente que pensa que é.

Ultimamente eu tenho visto e conhecido pessoas que se dizem tímidas. "Ahh, eu sou um pouco tímida", ouvi semana passada no 'Altas Horas' (programa da Rede Globo) de uma modelo. Será que essas pessoas acham charmoso dizer que são tímidas?

Se até pra dizer para alguém que eu sou tímida eu já sinto vergonha! São raras as vezes em que eu falo sobre a minha real "condição". Na verdade, são as próprias pessoas que constatam isso ao me conhecerem.

Conheci pessoas que diziam que se identificavam comigo porque "supostamente" também eram tímidas e no final elas já estavam me criticando pelo meu jeito de ser tímido; já estavam querendo me mudar e me dizendo como eu deveria agir. Ué! Essas pessoas não tinham que mudar também? Ou seja, se eram tímidas... ;)

Estes são os falsos tímidos.

Mas eu também conheci pessoas que aparentavam ser extrovertidas, mas quando eram expostas  a situações de "risco", mostravam o seu verdadeiro interior.

Havia um garoto que estudava comigo no colegial, que era super "extrovertido" e também era um dos poucos que se dignavam a conversar comigo, perguntar, ajudar... mas na hora de apresentar algum trabalho lá na frente de todo mundo, ele começava a ficar bem sério, movimentava os pés, como se estivesse dançando, pra disfarçar o tremor. Muitas pessoas que se apresentavam de frente à turma, o faziam sem nenhum traço de vergonha. Então eu penso: será que ele conversava comigo justamente porque se identificava, mas não tinha coragem de admitir?

Este pode sim ser um caso de falsos extrovertidos.

Acredito que é muito importante sermos sinceros com nós mesmos. Quem é tímido, mesmo que não comente sobre isso, as pessoas perceberão. Quem é extrovertido também. Tanto timidez quanto extroversão não são profissões nem muito menos charme pra ficar utilizando à torta e à direita e sem necessidade. Ninguém vai gostar mais da gente por sermos isso ou aquilo, mas sim pelo que verdadeiramente somos. Não adianta, uma hora ou outra a máscara cai!

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Penso, logo, existo.

Antes do meu post anterior (que foi meio que por acaso, diga-se de passagem), eu ia postar sobre alguns heróis de filmes que eu me identifico bastante. Então vamos lá!

Na semana passada (ou retrasada, acho) eu estava assistindo ao "Homem Aranha" e percebi que ele é bastante parecido comigo (claro, na versão masculina), principalmente na época do colégio. Então eu comecei a me lembrar de outros super-heróis que também são tímidos como, por exemplo, o "Super-Homem". O Clark não consegue se "aproximar" da Lois quando está com seu traje "normal", mas quando está "disfarçado" de Super-Homem, aí a coisa muda de figura. A mesma coisa acontece com o Homem-Aranha.


Eu sempre gostei de filmes ou seriados que desafiam a natureza; em que acontecem coisas praticamente impossíveis de acontecer.
O fato é que a minha imaginação é tão fértil que eu chego a imaginar como seria se eu tivesse tais poderes mágicos. Oras! Mas eu não sou mais criança para imaginar essas coisas, né? Mas mesmo assim, eu imagino. E minha imaginação voa!


Um fato interessante aconteceu comigo depois de assistir ao "Homem-Aranha". Na história, o Peter Parker é picado na mão direita por uma aranha enquanto fotografava a sua amada. No dia seguinte, ele acorda com aquela marca da picada na mão, só que muito bem disposto e com poderes aracnídeos.
Não muito diferente foi o que me aconteceu. Eu acordei no dia seguinte (após ver o bendito filme), e notei que havia uma marca de picada na minha mão direita, justamente no mesmo local em que Peter Parker foi picado (o_O). Não teve outra! Logo comecei a lembrar do filme e a imaginar o que seria se eu tivesse os mesmos poderes. Mas para a minha "decepção" tinha sido apenas um pernilongo... ¬¬

É incrível como a nossa mente pode voar se permitirmos que isso aconteça! E por quê não? Sonhar não custa nada, como dizem por aí, é de graça. É na verdade, um grande dom que temos... por que disperdiçá-lo pensando em coisas ruins, negativas, se podemos aproveitar esse dom pensando em coisas inimagináveis e talvez até possíveis de acontecer se a gente quiser?... Hmm... Pensando bem, eu posso tentar usar essa minha imaginação fertilíssima para me ajudar com a timidez. É uma boa idéia...

Talvez eu possa...

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

É o Cúmulo!!! o_O

Há uma semana atrás, respondi a um comentário do meu último post, dizendo que podem haver pessoas que podem se aproveitar da timidez dos outros para enganá-los. Bom, espero ter sido bem compreendida, pois no cyber-mundo as coisas são assim mesmo.


Hoje, me deparo com uma história que eu estou pasma até agora. (o_O)
Como eu gosto muito de ler, não foi, para mim, nenhum sacrifício ler todo o texto que o cara deste link ->  http://comoperderatimidez.info/ escreveu. Se vocês tiverem um tempinho, é até bom ler todo o texto, só pra ver o tamanho da capacidade de enganação de uma pessoa.


Só um resuminho básico:
O cara diz que sempre foi tímido e, claro, descreve todos os sintomas da timidez e tudo o que ele "supostamente" já sofreu por conta da sua "suposta" timidez. Até aí tudo bem, qualquer tímido se identifica com as coisas que ele citou.
Então ele fala que conhece um método que funcionou muito bem com ele. Obviamente que quem estiver lendo vai querer na hora conhecer este método.


Então ele diz:

Se você é um perdedor que quer sofrer dolorosamente com a sua timidez por toda a sua vida, se você é um perdedor que não acredita que é possível perder a timidez, se você é um perdedor que quer perder oportunidades e continuar sendo timido em casa, no trabalho e com o sexo oposto ESTE MÉTODO NÃO É PARA VOCÊ.



Um PERDEDOR??? Qual é a dele? Eu pensei. A partir dessa parte, eu já comecei a achar que tinha alguma coisa de errado com a postagem do sujeito.
E pra finalizar com chave de ouro...


Se em 4 semanas você fizer os exercícios do livro e você não perder a sua timidez, eu devolvo o seu dinheiro. Isso mesmo, você vai ter a sua grana devolvida caso não perca a timidez em 4 semanas.

Se eu aprovar e ver que você tem vontade de mudar, envio o método para você logo após o pagamento em conta.

PS.: O método está apenas R$ 32. Em breve vai aumentar para R$ 47.

Isso depois de dar o endereço de e-mail. Isso é o cúmulo da cafajestagem! É incrível como alguém pode querer lucrar através dos problemas dos outros! Eu fico me perguntando: será que alguém teve a ingenuidade de cair nessa?! Isso não se faz!

Eu não sei se ele realmente foi tímido alguma vez na vida, nem posso afirmar. Mas pode ser também que ele possa ter inventado essa história, ou até mesmo ter conhecido alguém que realmente tenha vivido a história que ele contou. Mas querer ganhar dinheiro com o problema alheio é demais!