domingo, 5 de setembro de 2010

Ai, que vergonha!

Pra começar, seria interessante falar um pouco sobre o que é a timidez e por que somos tímidos. Muitas pessoas não entendem e não aceitam o nosso jeito de ser...
Esta matéria a seguir eu tirei de uma revista que tenho aqui em casa que se chama "Ponto de Encontro" da Drogaria São Paulo.


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Quem sofre de timidez sabe muito bem como é difícil se expressar naturalmente e tomar qualquer tipo de iniciativa. Basta enfrentar situações que exigem certa desinibição, que o coração acelera, as palavras desaparecem, o rosto fica vermelho e o tempo parece durar uma eternidade. Realmente, quem é tímido sofre bastante no dia a dia. Mas será que existe alguma maneira de deixar alguém mais extrovertido?

A timidez é uma manifestação de temperamento caracterizada pela tendência à ansiedade. "Não é uma patologia, mas sim um traço do caráter que a pessoa tem e pode ser desenvolvido durante seu processo de formação, determinando assim a personalidade. É possível herdar geneticamente a timidez, como parte do temperamento dos pais, mas isso não é uma regra", explica Alexandre Bez, psicólogo especialista em relacionamentos, ansiedade e síndrome do pânico.

A timidez pode durar toda a vida, mas tende a diminuir com o passar dos anos. Algumas pessoas podem sentir vergonha em determinadas ocasiões, mas não em todas, o que caracteriza a timidez situacional. Por exemplo, ter receio de se apresentar em público é algo comum para a maioria. Mas isso não impede ninguém de se relacionar normalmente com os outros.

Já o tímido crônico enfrenta obstáculos em praticamente todos os setores da vida. Tem dificuldade em fazer amigos, falar com estranhos, arrumar parceiros amorosos, enfrentar situações novas, apresentar seminários, participar de reuniões, defender seu ponto de vista, entre outros. Muitas vezes, sua inibição é confundida com antipatia ou comportamento antissocial.

DEIXANDO A VERGONHA DE LADO
Não é incomum casos de crianças tímidas que se tornam adultos desinibidos. Isso ocorre porque a convivência social acaba fornecendo a habilidade necessária para lidar com diferentes situações. Mas há pessoas que continuam bem discretas e pouco falantes por toda a vida. "Em alguns momentos, a timidez é até favorável. O importante é se sentir bem, ter consciência do que se gosta ou não. Se existe algo que incomoda ou atrapalha o desempenho profissional e a vida social, vale a pena analisar mais a fundo a situação. As transformações só acontecem se a pessoa quiser", defende Madalena Cabral Rehder, psicóloga, psicoterapeuta e coordenadora do Núcleo de Especialização em Psicodrama de Sociodrama de Santo André e Região.

Mas a realidade é que a timidez pode atrapalhar (e muito) a vida dos menos extrovertidos. Na maioria das vezes, o tímido também convive com sentimentos negativos como insegurança, baixa autoestima e até depressão. Quando isso ocorre, vale a pena recorrer à ajuda médica. "A terapia é o método mais eficiente, já que a timidez é um aspecto emocional. Quanto à medicação, apenas em casos extremos de ansiedade causada pela timidez", lembra Bez.

"O tímido costuma se relacionar muito bem via internet e celular, já que se sente protegido pela máquina. Mas é necessário aprender a entrar em relações pessoais. A dica é freqüentar espaços em que se sinta seguro, podendo inclusive iniciar nos espaços virtuais que tenha grupos de pessoas e posteriormente, quando confiar um pouco mais nos relacionamentos, freqüentar clubes, praticar esportes coletivos entre outras atividades", aconselha Madalena.

FOBIA SOCIAL
Vale lembrar que timidez não deve ser confundida com fobia social, um transtorno mental que se caracteriza pelo medo excessivo de ser o centro das atenções. Muitas vezes, quem sofre desse mal fica incapacitado de realizar ações consideradas normais, como comer em público, assinar um cheque, dirigir enquanto é observado, falar em público, etc. Os fóbicos podem apresentar sintomas físicos como tremores, sudorese, sensação de bolo na garganta, dificuldade para falar, mal-estar abdominal, diarréia, tonteiras e falta de ar. Por ser uma doença, deve ser tratada com medicação e psicoterapia.

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Gostaria de comentar as partes em que destaquei...
Minha autoestima já foi muito, mas muito baixa, principalemente na adolescência, mas depois que saí da escola e de vários outros acontecimentos, tudo mudou. Já com relação aos fóbicos apresentarem sudorese, tremores e sensação de bolo na garganta, de vez em quando eu ainda sinto, principalmente quando se trata de alguma entrevista, ou alguma situação nova, ou seja, estes sintomas são apresentados também pelos tímidos...

Você que está lendo, o que acha?

Um comentário: